"A vida é maravilhosa se não se tem medo dela." Charles Chaplin.

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar." William Shakespeare

O conforto do presente poderá ser o arrependimento do futuro.

"O sucesso não é o final e o fracasso não é fatal: o que conta é a coragem para seguir em frente." Mestre Arievlis

"Acho que o melhor ainda virá, na minha humilde opinião." Michael Jackson

terça-feira, 26 de julho de 2011

O Fracasso

Procurar o que não tem
é mais fácil
do que encontrar
o que já tem.
A corda do fracasso
fica pronta para
enrolar e estrangular
no pescoço
dos despercebidos
que preferem
olhar para os lados
e invadir o espaço alheio,
sem tentar corrigir
seus próprios erros.
Fracassar na vida
é algo inevitável,
mas deixar
o fracasso ultrapassar
os sonhos
é plena escolha.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Chama se Apaga

Finda a chama
que tanto tremeluziu
diante das atribulações
passadas.
O sopro da morte
conseguiu destruí-la.
Deixando apenas
uma carcaça derretida
e o pavio
acabou sendo exterminado,
não podendo ser mais aceso.
A fumaça
foi em direção aos céus,
sumindo
em meio ao clarão
do sol e a imensidão
das nuvens.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ninguém quer ser real

Bonecos deformados
saem das sombras
do Mundo Plástico.
No qual, o único
e soberano rei,
governante deste 
reino dita leis,
que tentam mostrar
aos súditos "desprovidos"
de atributos fúteis,
que o melhor jeito de viver
é se tornar falso
dos pés as cabeças.
Já a rainha, Mídia,
cuja beleza
causa inveja as
pobres aldeãs,
jura de pés juntos
que nunca aderiu à
nenhuma lei
de seu marido,
o rei Mercado.
Mas todos sabem
que é uma grande
mentira, porque está estampado
em sua cara que é mais
um dos bonecos do rei.
Bonecos que não querem
ser reais, não querem
defeitos e nem singularidades.
Se esforçam para serem
"melhores", deixando
o rei mais rico
e apagando com a sombra
de onde saíram
um mundo de cidadãos
reais.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Andarilho Invisível

Andava pelo mundo
sem ser notado.
Era calado pela mordaça
da timidez
que lhe cobria a boca.
Mas não desistia,
continuava seguindo
o seu caminho.
Vendia a sua dor
para se sustentar.
Roubava sorrisos
de outros para não
se matar.
Sequestrava palavras
de afeto também
dos outros
para se sentir vivo.
Também comia
e bebia a natureza
para se sentir
filho de Deus.
Mas sempre carregava
em suas costas
a mochila pesada
da solidão.
Um certo dia aquele
andarilho desapareceu.
Como ele era invisível
para os outros ninguém notou.
Isto pelo seu cheiro de sofrimento,
pela sujeira da discriminação,
por seus olhos observadores,
por suas roupas conservadoras
e pelo semblante rasgado
pelo tempo rastejante
no deserto de sua vida.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sociedade Anti Social

Conhecer de vista,
falar mal ou elogiar
pessoas das quais
nunca teve a oportunidade
de conhecer realmente,
é algo estranho.
A maioria da sociedade
tem o dedo julgador
como seu principal álibi
para conspirar
contra a socialização.
Essa, muitas vezes
se faz anti social
criando uma barreira
indubitavelmente forte
para não conhecer
a verdadeira essência
das outras criaturas
que estão em volta
de seu mundo minimalista.
O exercício do conhecimento
do habitat e de seus moradores
não está sendo feito,
o medo e o despeito
se tornam grandes
malfeitores na batalha
entre a socialização
do mundo moderno
e anti socialização 
do mundo real.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Hipocrisia para com os Números

Quão hipócrita
somos quando estamos
obstinados a resumir
tudo em soma.
Chegando a um resultado
que é só mais um
número.
"Amizades" são contadas
em sites de relacionamentos.
Ás vezes nem conversamos
ou até já trocamos
seis ou sete palavras
e insistimos
em aceitar ou adicionar
novos "rostos", servindo
de adorno no ciberespaço.
O dinheiro que já
deixou bem claro para
todos,que é o verdadeiro
poder regente da sociedade.
Quanto mais, melhor.
Mas existe também
o quanto menos, melhor.
Como, ao encontrarmos
alguma situação difícil
ou cansativa,
os ponteiros do relógio
viram os grandes vilões
ao correrem devagadar
nos números
das barbas do "Pai Tempo".
Somos muito hipócritas
com os números,
que são apenas objetos
manipulados pela nossa ambição
em todos os sentidos.
São fantoches usados
para se recriminar
e ambiguamente desculpar
as fraquezas
e as frustrações humanas.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um Beijo

Ela o deixou
na porta da escola
e lhe deu um beijo demorado.
Nenhuma palavra
foi dita,
nenhuma lágrima caiu
e nenhum olhar
foi trocado.
Mas ele sentiu
que aquele momento
era uma despedida.
O beijo era um adeus,
por trás dele
percebeu toda a dor
que a mãe passava.
Não sabia o porque
daquela despedida 
tão carinhosa e ao mesmo
tempo tão fria.
Não sentira magoa
e nunca sentiria,
daquela mulher
que por algum motivo
precisava se separar
do seu pequeno.
Pegou sua mochila
e também deu um beijo
da mesma intensidade.
Correu para dentro da escola
sem olhar para trás.

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