terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ônibus

Abri a porta,
sai gente,
entra gente
e pagam.
Senta gente,
levanta gente
e balançam de um
lado pro outro.
Entra mais gente
e não sai ninguém.
Aperto,
mistura de odores,
claustrofobia
e estômagos embrulhados.
Caminho longo,
e ninguém sai.
O ônibus chega à estação.
Parada abrupta,
gente se desiquilibra.
As portas se abrem,
tumulto de gente saindo
e entrando.
E a gente não para.

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