Crianças evoluem

A aparência, se transforma
nas lágrimas do tempo.
A mentalidade é moldada
pelas mãos da sobrevivência.
As brincadeiras diminuem e
se tornam trabalhos.
Mas a alma e os olhos
permanecem os mesmos,
porque crianças não desaparecem
apenas evoluem.

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Todos Estão Bem

Viajando a 100 km por hora
e o coração disparando.
As paisagens já conhecidas
recorrem a uma parte
da mente,
que vislumbra o destino
a tanto esperado.
A meta é alcançada.
O tempo corre.
A saudade é tanta
que palavras
não precisam ser ditas,
apenas demonstrações
de carinho e afeto bastam.
E o tempo não para.
Mais visitas são feitas
e histórias são contadas.
O tempo se esgota,
já é hora de pegar
o carro mais uma vez.
A despedida não importa
porque todos estão bem.

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Memórias

Ultimamente tem viajado
para o passado mais frequentemente.
Restaram apenas memórias.
Momentos felizes da infância,
doces sorrisos e brincadeiras
que se misturavam com a realidade
transpassadas pelos filmes.
Tudo era possível.
Reviver aqueles momentos só
mostra como a isolação
bateu na porta e entrou
apressadamente sem querer sair
e o libertar para criar novas memórias.
Agora o tempo se arrasta, agachado,
carregando o peso da inocência.

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Mais um livro

O menino não se cansava de ler.
Histórias e mais histórias
eram imaginadas
naquele mente que procurava
uma solução.
Seus olhos corriam
uma página com grande velocidade
que chegavam a se encontrar.
Quando o perguntavam
o porque de ler tanto,
ele só respondia:
"Mais um livro e lhe conto". 
Mas sempre que acabava
um livro enganchava
em outro, como se
fizessem parte do mesmo contexto.
Em um dia de sol
em que as crianças brincavam
nas ruas, o menino saiu
de sala de leitura
e foi em direção a porta da rua.
A mãe preocupada
perguntou o que estava
acontecendo e para onde
estava indo.
O menino respondeu:
"A solução é usar
o que se aprende nos livros
na vida, deixando sempre páginas
brancas para serem escritas
pelas mãos da dedicação
e olhos da inocência".
A mãe sem entender,
ficou paralisada 
e deixou o menino passar
para ser mais um filho da vida.

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Confiança

Confiar cegamente
sem medo de cair nos buracos
das mentiras,
só mostra a inocência
daqueles que ainda acreditam
na bondade
dos olhares tristes.
A cada passo
da experiência
nos é permitido errar
várias e várias vezes.
A confiança é um
jogo dos erros,
começando ao se subjugar 
alguém por poucos
atos, no momento
pareceram tão grandiosos
para serem ultrapassados
pela grande atleta,
verdade.

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Síndromes

As paredes parecem
estar mais próximas
a cada expiração.
As fechaduras parecem
ter olhos.
Mãos tentam me puxar
para o fundo da cama,
enquanto o ar é impedido
de entrar pela
boca da janela
que insiste em se fechar
testando o meu fôlego.
No armário parece
que tem alguém
misturado às roupas,
fazendo movimentos
que me dão arrepios.
Preciso fugir.
A porta não se abre
foi trancada pela
chave das síndromes.

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Pai

Sonha para os filhos
o que não pôde ter.
Suas lágrimas grossas,
escondidas por sua força
mostram a humildade
que há em sua alma.
Servindo de exemplo para seus
fiéis admiradores,
que muitas vezes em silêncio,
aprendem a essência da vida
com aquele homem simples
e até solitário que tenta
carregar o peso da dificuldade
sozinho para criar pessoas de bem.
Sempre empenha-se ao máximo
para estar em todos os lugares
com suas crianças,
participando de todos os momentos,
criando um laço impossível de
ser rasgado com a faca da raiva.
Como um herói,
aparece do nada em situações
de risco, com os braços
abertos prontos para enfrentar
tudo e a todos,
se esquecendo de si próprio
destruindo todas os medos e fraquezas
de seu corpo físico
para salvar aqueles,
que tão pequenos pedem
ajuda ao único homem
que podem confiar, seu PAI.

Feliz Dia dos Pais.

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Despedaçados

Baratas saíam das cabeças
esquecidas no meio
das águas
negras da desconfiança.
O lodo mal cheiroso
e espesso
afundava os membros
que não tentaram
nem pedir socorro.
Os corpos perdidos
e separados pelo abismo
da preguiça,
engordando as larvas
que diferentes
das vidas que desistiram
tentam sobreviver.

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O Fracasso

Procurar o que não tem
é mais fácil
do que encontrar
o que já tem.
A corda do fracasso
fica pronta para
enrolar e estrangular
no pescoço
dos despercebidos
que preferem
olhar para os lados
e invadir o espaço alheio,
sem tentar corrigir
seus próprios erros.
Fracassar na vida
é algo inevitável,
mas deixar
o fracasso ultrapassar
os sonhos
é plena escolha.

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A Chama se Apaga

Finda a chama
que tanto tremeluziu
diante das atribulações
passadas.
O sopro da morte
conseguiu destruí-la.
Deixando apenas
uma carcaça derretida
e o pavio
acabou sendo exterminado,
não podendo ser mais aceso.
A fumaça
foi em direção aos céus,
sumindo
em meio ao clarão
do sol e a imensidão
das nuvens.

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Ninguém quer ser real

Bonecos deformados
saem das sombras
do Mundo Plástico.
No qual, o único
e soberano rei,
governante deste 
reino dita leis,
que tentam mostrar
aos súditos "desprovidos"
de atributos fúteis,
que o melhor jeito de viver
é se tornar falso
dos pés as cabeças.
Já a rainha, Mídia,
cuja beleza
causa inveja as
pobres aldeãs,
jura de pés juntos
que nunca aderiu à
nenhuma lei
de seu marido,
o rei Mercado.
Mas todos sabem
que é uma grande
mentira, porque está estampado
em sua cara que é mais
um dos bonecos do rei.
Bonecos que não querem
ser reais, não querem
defeitos e nem singularidades.
Se esforçam para serem
"melhores", deixando
o rei mais rico
e apagando com a sombra
de onde saíram
um mundo de cidadãos
reais.

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Andarilho Invisível

Andava pelo mundo
sem ser notado.
Era calado pela mordaça
da timidez
que lhe cobria a boca.
Mas não desistia,
continuava seguindo
o seu caminho.
Vendia a sua dor
para se sustentar.
Roubava sorrisos
de outros para não
se matar.
Sequestrava palavras
de afeto também
dos outros
para se sentir vivo.
Também comia
e bebia a natureza
para se sentir
filho de Deus.
Mas sempre carregava
em suas costas
a mochila pesada
da solidão.
Um certo dia aquele
andarilho desapareceu.
Como ele era invisível
para os outros ninguém notou.
Isto pelo seu cheiro de sofrimento,
pela sujeira da discriminação,
por seus olhos observadores,
por suas roupas conservadoras
e pelo semblante rasgado
pelo tempo rastejante
no deserto de sua vida.

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Sociedade Anti Social

Conhecer de vista,
falar mal ou elogiar
pessoas das quais
nunca teve a oportunidade
de conhecer realmente,
é algo estranho.
A maioria da sociedade
tem o dedo julgador
como seu principal álibi
para conspirar
contra a socialização.
Essa, muitas vezes
se faz anti social
criando uma barreira
indubitavelmente forte
para não conhecer
a verdadeira essência
das outras criaturas
que estão em volta
de seu mundo minimalista.
O exercício do conhecimento
do habitat e de seus moradores
não está sendo feito,
o medo e o despeito
se tornam grandes
malfeitores na batalha
entre a socialização
do mundo moderno
e anti socialização 
do mundo real.

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Hipocrisia para com os Números

Quão hipócrita
somos quando estamos
obstinados a resumir
tudo em soma.
Chegando a um resultado
que é só mais um
número.
"Amizades" são contadas
em sites de relacionamentos.
Ás vezes nem conversamos
ou até já trocamos
seis ou sete palavras
e insistimos
em aceitar ou adicionar
novos "rostos", servindo
de adorno no ciberespaço.
O dinheiro que já
deixou bem claro para
todos,que é o verdadeiro
poder regente da sociedade.
Quanto mais, melhor.
Mas existe também
o quanto menos, melhor.
Como, ao encontrarmos
alguma situação difícil
ou cansativa,
os ponteiros do relógio
viram os grandes vilões
ao correrem devagadar
nos números
das barbas do "Pai Tempo".
Somos muito hipócritas
com os números,
que são apenas objetos
manipulados pela nossa ambição
em todos os sentidos.
São fantoches usados
para se recriminar
e ambiguamente desculpar
as fraquezas
e as frustrações humanas.

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Um Beijo

Ela o deixou
na porta da escola
e lhe deu um beijo demorado.
Nenhuma palavra
foi dita,
nenhuma lágrima caiu
e nenhum olhar
foi trocado.
Mas ele sentiu
que aquele momento
era uma despedida.
O beijo era um adeus,
por trás dele
percebeu toda a dor
que a mãe passava.
Não sabia o porque
daquela despedida 
tão carinhosa e ao mesmo
tempo tão fria.
Não sentira magoa
e nunca sentiria,
daquela mulher
que por algum motivo
precisava se separar
do seu pequeno.
Pegou sua mochila
e também deu um beijo
da mesma intensidade.
Correu para dentro da escola
sem olhar para trás.

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Suspiro

Por uma pequena frestao último raio de sol
entrava naquele lugar,
que perdera seu título
de lar a muito tempo.
O silêncio circulava
livremente naquele espaço.
De súbito
o vento o atrapalhou
fazendo portas baterem
e janelas rangerem.
A noite havia chegado
com raiva.
E por culpa dela
aquele resquício de luz
que dava esperança
ao espírito mórbido
da habitação se extinguira.
O vento cessou
e mais uma vez
o silêncio se libertou.
Entretanto logo fora
aprisionado novamente,
por um suspiro
fraco, mas audível
aos ouvidos atentos
da morte.
Porém o suspiro não percebeu
que chamara atenção.

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O alter ego

Preso naquele
corpo estranho
que não faz jus
da sua personalidade.
Repara lá de dentro
todo o mundo
que está perdendo
sua presença.
Do espelho fica esperando
a hora de se manifestar,
fica à espreita,
pensando o momento
exato de agir e se aproveitar
daquela matéria desprezível.
Ele não se importa
com o verdadeiro espírito,
se na verdade existir algum,
porque a junção deles faz um só
e um só é formado por eles.
O alter ego se manifesta
acabando com a imagem
construído por aquele
que se julgava o verdadeiro ser.
Distúrbios psicológicos
e fundamentos desnecessários
para caracterizar aquilo
que se apodera de tudo
menos a essência,
que agora fica presa
se contorcendo
e lutando para exterminar
um lado dele
que o está destruindo.

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Último dia do mês

Já é o último
dia do mês de novo!
O tempo se esqueceu
de pedir licença,
está entrando na vida
com tanta rapidez
e agressividade
que machuca a pele
com cicatrizes da idade.
Tudo parece tão diferente
a consciência estragou tudo
os dias intermináveis
da meninice se foram.
Novos dias que terminam
antes de começar
com a lista de afazeres
para ser cumprida.
E é o último dia do mês,
não adianta se debater
por textos não escritos
ou palavras não ditas
o fim chegou,
já se acabaram os prazos.
Este mês jaz em sepultura
de desilusões, frustrações
e arrependimentos
por parte de uns.
Enquanto outros nem sentem
a dor de sua morte e apenas
fazem a vida continuar
sem distinguir
qual será o primeiro
ou o último dia do mês.

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Sexta Feira 13

Ao longínquo o dia se inicia
banhado com a tormenta
causada pela morte.
A notícia demora a correr.
De boca em boca
a desventura é passado
e a cada um que a recebe
tem um momento
de espantado e surpresa.
Perde-se os movimento
do corpo,
a voz desaparece,
a feição destorcida, 
macabra não consegue
demonstrar nenhum sentimento
e então uma lágrima
desce por um olho
e atrás dela várias outras
caem e tudo parece
tão triste e nebuloso,
o pesar da perda aparece.
O dia termina com a aceitação
dos que ficaram
e o descanso de uma alma
que a "senhora morte"
não queria mais ver sofrer.
A sexta feira 13
se mostrou mais uma vez
aterrorizante.

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A Matriarca

Palavras não expressam os sentimentos destinados a esta que se empenhou em fazer de tudo para o melhor
de nossas vidas.
Nos carregou por um grande tempo
e sem ao menos nos conhecer
deixou que abrigassemos o seu ventre.
O tempo passou e aumentou a admiração
por esta mulher que a cada dia
supera seus limites
para alimentar nossas esperanças
e forças no seio da vida,
que outrem foram arrancados
de seus próprios seios
que eram os únicos e necessários sustentos
de seu mais puro e verdadeiro amor.
Nossa matriarca deve ser amada
acarinhada e suas feridas,
às vezes escondidas,
devem ser curadas pelo balsamo
das lágrimas misto com sorrisos
que falem mais do que o próprio
"eu te amo" de nós, seus pequenos.
Deveria ser erguido um pedestal
que sustente o peso
de todo sua dedicação
e embaixo deve ser inscrito
todo o nosso orgulho
e agradecimentos por não se
esquecer nenhum dia de ser mãe.

Feliz Dia das Mães

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Minha protegida

Antes de sua chegada ao mundo
já a conhecia,
como se já fizéssemos
parte do mesmo plano em outros tempos.
Esperava ansioso para conhecê-la,
o tempo demorava a passar,
os nove meses foram muito maiores
do que realmente seriam.
Quando chegou o dia,
fiquei todo animado
porque sabia que nunca
mais ficaria sozinho
teria um laço com alguém
que seria permanente.
Ao chegar em casa
com a matriarca,
o bebê não tinha muito graça
era pequena e não podia
brincar comigo.
Me mandaram sentar
e a colocaram em meu colo
e em um gesto simples
ela apertou o meu dedo
com força como se também
tivesse percebido nossa ligação.
A excitação foi tão grande
que a segurei bem forte
em meus braços e saí correndo com ela
para fora de casa
querendo mostrar ao mundo
a minha protegida
para toda a vida.

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Morando com Fantasmas

Em sua solidão condicional
escuta os rangidos das portas.
Elas se abrem e se fecham
quando não está olhando,
batidas fortes vêem dos quartos,
sons estridentes e sem harmonia
ressoam como gritos de desespero.
Ninguém o ajuda,
pensam que está delirando 
em sua depressão.
Quando a noite chega,
os sons aumentam
tilintares de correntes
são ouvidos ao longe,
conversas esbaforídas
lhe dão arrepios,
se senta em sua cama
liga a televisão e aumento
o som ao máximo
tentando abafar aqueles
murmúrios e escândalos
que o fazem tremer
e sair de si.
Começa a se sentir estranho
como se fosse se sufocar
como se realmente estivesse louco
e a loucura não tivesse cura.
Amarrado por uma camisa de força
de censura chora e se depete
implorando aos inquilinos
indesejados que se retirem,
eles não se importam com ele
continuam em sua discussão
fantasmagórica,
como se na verdade
ele fosse o verdadeiro fantasma.

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Caminho arrependido

Um sentimento de falta
sem nunca ter tido o desejado,
percorre pelos olhos
derramando lágrimas de sangue
quando o anoitecer lhe mostra
que foi mais um tempo
transcorrido em vão.
Seguindo um caminho sem volta
que cresce cada vez mais,
como uma bola de neve
que acaba caindo sobre seus ombros
e fazendo a frieza
se tornar parte de si próprio,
convidando a solidão a se aconchegar
envolvendo-o em sua sombra.
Mas o arrependimento não some
de sua mente, quantos recuos
destruíram um caminho
que talvez termine em 
uma caverna escura e sem fim.
Só consegue pensar que o conforto
do presente de outrora é o  
arrependimento do seu futuro.

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Sem razão

É errado e excluído
não lhe dão a atenção
como deveria,
só porque não se rende
as mentiras
e opiniões egoístas dos outros.
Vive sozinho,
não lhe dão razão
em nada, a própria
família o rejeita
prefere os outros que se
fazem de vítimas
e usam a preguiça
como arma.
Ele prefere a solidão
do que as discussões
sem sentido
e sofre muito,
mas sua voz não consegue
convencê-los da verdade.
Sempre perde para os
que sabem contar mentira
e fazer caras inocente.
Sempre sem razão
ninguém consegue ver
o seu valor.

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Ambição egoísta

Como pode a ambição
sobrevalecer sobre a vida dos outros?
É horrível como as pessoas gostam de pensar
em apenas si próprias.
Não percebendo as consequências que podem
causar dos que necessitam
de sua atenção e "profissionalismo".
Este egoísmo desmedido
é nojento e repugnante.
Em uma sociedade em que a ajuda
se faz sempre necessária
diante de tantas catástrofes,
alguns tiram as vagas
de pessoas que poderiam ajudar
pelo simples prazer de ver o outro bem.
A ambição é terrível
e ela sempre leva à algo devastador,
todas as guerras se iniciaram
por poder e satisfação
do próprio ego.
Destronar os ambiciosos
egoístas é algo muito difícil
pois eles possuem aliados que iludidos
com algumas promessas fazem de
tudo para satisfazer seus "amos".
Mas esta tarefa não é impossível
ainda existem pessoas capazes
de chegar ao poder
passando por cima do deslumbre que ele causa,
fazendo prevalecer seu altruísmo
e seus ideais.
O dinheiro não vale nada
comparado a consciência limpa.

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Recriando

O tempo passa como uma cortina
de fumaça que aturdia todos
os que possuem maus pensamentos.
Enquanto recria os de bom espírito
melhorando a personalidade
e desenvolvendo novas habilidades.
Recriar o errado se deliciando
em admiti-lo
e ganhando uma chance de melhorar.
Inebriante é o cheiro
de transformação se portando
em perfeição aos bons olhos
dos que analisam e palpitam
na ajuda de uma singular criativa.

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Histórias de Brinquedos

Quem nunca sentau no chão rodeado
por brinquedos organizados
de uma forma bagunçada?
Talvez a infância cibernética,
que não aprendeu a usar 
sua imaginação, se "divertindo"
com animações que criam tudo para ela.
Histórias de brinquedos 
que enfrentam os bandido
salvando a princesa,
que foi "roubada" da irmã
ou da prima.
Criando mundos paralelos
e complexos
que apenas a mente de uma criança
consegue entender
e dar um desfecho digno 
de Oscar de melhor direção.
A alegria junto à inocência de uma criança
é encantadora,
ao receber um pacote
com um brinquedo que é um novo
personagem de uma nova história.
Infelizmente a inocência é quase
destruída por completo quando
se encara a vida real,
a que não se tem todo o controle,
a que toma conta do tempo
e que joga priva a criatividade
e o amor por aqueles seres
inanimados que se tornavam tão vivos
e carinhosos
em um canto escuro e triste do cérebro.
Então para que as histórias e a inocência
continuem é preciso que os brinquedos sejam passados à frente e não esquecidos
perpetuando alegria
e criando novas aventuras.

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Dor tempestuosa

Voando para todo lado
sentimentos adormecidos
vieram à tona,
com o tufão dolorido
e dilacerador da discórdia.
Brigam por um espaço
no ponto mais dolorido
do cérebro,
o que se liga ao coração,
mesmo a ciência mostrando
que o sistema nervoso
não tem controle
sobre o coração
esta tempestade mostra
apenas o contrário.
Raios, trovões
e relâmpagos tentam
chocar a dor e fazê-la
desaparecer
expulsando-a da profundeza
do âmago.
Mas Nem mesmo a chuva,
por mais forte que seja
pode lavar a angústia
das trevas interiores
que se resolverão apenas
quando um raio de luz
milagroso e intenso
dissipe todo o terror
causado pelas
necroses da alma.

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